A estratificação do sexo na cobertura de feminicídios em Santa Catarina: reflexões conceituais e metodológicas a partir do pensamento de Gayle Rubin

Autoria: Fernanda Nascimento, Jéssica Gustafson, Isabel Colucci.

O presente artigo parte do pressuposto de Gayle Rubin ([1984] 2017) de que o sexo não é uma força natural, mas sim moldado pela vida social e, desta forma, passível de uma hierarquização de práticas legitimadas e de disputas políticas. A partir desta perspectiva, o trabalho parte do conceito de “estratificação do sexo” para analisar a existência de diferenças e desigualdades na cobertura das notícias de feminicídio na imprensa catarinense. Para isso, apresenta e adapta categorias de Rubin para o cenário brasileiro de 2022. Dentre as considerações preliminares, aponta elementos que demonstram diferentes significados atribuídos às mortes por feminicídio, a partir da vida sexual presumida da vítima, especialmente na relação com os suspeitos de assassinato. O artigo integra um projeto mais amplo do Grupo de Pesquisa Transverso (PPGJOR/UFSC), que investiga a cobertura destes crimes entre 2015 e 2021.

Palavras-chave: Jornalismo; Gênero; Sexo; Feminicídio; Cobertura Jornalística.

Como referenciar:

NASCIMENTO, F. ; GUSTAFSON, J. C. ; COELHO, I. C. A estratificação do sexo na cobertura de feminicídios em Santa Catarina: reflexões conceituais e metodológicas a partir do pensamento de Gayle Rubin. In: 20° Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, 2022, Fortaleza. Anais do 20º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo,  2022.