O doutorando Wagner Rodrigo Arratia Concha qualificou seu projeto de tese intitulado “O debate midiático sobre responsabilidades pelo rompimento da barragem em Brumadinho”. A banca aconteceu na última quinta-feira, 10 de julho, e foi formada pelos professores Carlos Locatelli, do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo (PPGJor/UFSC), Denise Figueiredo Barros do Prado (UFOP) e Márcio Simeone Henriques (UFMG).
A barragem da mineradora Vale se rompeu em 2019 e matou 272 pessoas, sendo que ainda há duas vítimas desaparecidas, atingiu 26 municípios mineiros e causou danos socioambientais ao longo da Bacia do rio Paraopeba, em Minas Gerais. A estabilidade da estrutura havia sido atestada pela certificadora alemã TÜV Süd meses antes do seu colapso. O trabalho de Wagner procura identificar atores, argumentos sobre responsabilidades, sanções aplicadas às organizações privadas e se o jornalismo as mantém accountable através da cobertura que realiza. Para isso, Wagner realiza análise de conteúdo de mídias do Brasil, da Alemanha e de atingidos. O doutorando, orientado pela professora Terezinha Silva, uma das coordenadoras do grupo Transverso, considera importantes as colaborações da banca. “Foram importantes os apontamentos feitos pelos professores, cada um com o seu olhar atento e com a sua experiência. A professora Terezinha e eu vamos avaliá-los para definirmos o melhor caminho até a conclusão da pesquisa”, afirma Wagner.
A defesa da tese do doutorando está prevista para dezembro deste ano. Wagner pertence à linha de pesquisa Cultura e Sociedade, é pesquisador do Transverso desde 2020 e bolsista Capes-DS.